quarta-feira, 22 de julho de 2009

Com todas as mascaras em mim.

Eu era uma criança. Sou uma. Criança viva, divertida e sexy. Uma criança aos 34, do segundo tempo. Não tenho, nem preciso de regras. Afinal elas são suas. Use-as!
Escrevo sobre meus modos, homens, mulheres, segredos, nomes e sexos. Sempre escrevo quando apática ou atípica ou ainda quando anormal. Escrevo sobre o mundo e a leveza dele. E escrevo sobre o que invento e o que não existe. A realidade é pacata e pode esperar. Na realidade, eu não sou real. Seu mundo real.

Sou libertina e liberta. E quanto à meus segredos, são todos seus. Não tenho sexo, nem anjos. Sou uma garota com seu disfarce, suas garrafas de vodka e cervejas e suas sacanagens particulares. A propósito, tenho meus próprios filmes pornográficos e uma câmera com a qual tiro fotografias de minha boceta aberta como flor e meus orgasmos.

Ontem a noite fui demais. Fogosa e sedenta. Sou sempre assim. Sou inescrupulosa e barbara na cama. Uma amante desejável. Tenho mascaras como todos no mundo. Sou assim e sempre sou inescrupulosa. Meus medos estão catalogados e breve lançarei meu best-seller com isso. Preciso de grana e de conhaque. Preciso tanto de conhaque, quando Bush precisa de babões. Meu best-seller se chamaria, "Todas as mascaras do mundo são minhas" ou então, "Livre com uma boceta aberta como flor". Sei sim. Sou desbocada e sou um tesão. E também sei que vocês masturbam-se quando me lêem. Quando me imaginam com a boca em vocês. Bocetas, caralhos, anus, seios, sexos, tudo. Eu faço o mesmo, com todos vocês. Com todas as mascaras, com todos os mundos.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Pisar no coração aberto.

Sem cartas na manga.

Sou eu, só.
Antiga e recente.
Sou eu a vida
em minhas entranhas
embebidas de cerveja.

Menina dos meus olhos,
sou eu.
Nos delirios e em
minhas cervejas.

Amo minha pequena
menina
e minhas cervejas
e amo voce, quando
não te tenho mais.

__
Professores e seus cacetes moles.

Era aula de biologia.
Aula pratica.
E falavam sobre sexo.

A aluna, Merry, na
primeira fila.
A sala escura,
com o projetor ligado.

Merry usava saia do uniforme
e abria as pernas.
Abria as pernas mostrando
sua minuscula calcinha.
Branca, de renda.
O professor já não
se concentrava.

Pau duro.

Merry com a caneta
na boca.
Chupando-a.
Sugando-a.

Duro.
O pau duro e viril.

O sinal toca e
é o fim da festa.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Deus, como sou obscena.

E na cozinha a torneira pingando.

Lembro do beijo como lembro
de minha mãe, à beira do
fogão.

Ele agarrou-me o pescoço e
a cintura e me tomou
como sua.
Olhou bem meus olhos
e com a boca, me assassinou.

Lembro bem do beijo.
Lembro de não resistir
e de insistir e de
seguis nos braços dele.

Suas mãos no meu corpo.
Minha bunda, meus peitos,
meu pescoço. E eu ia
deslizando e morrendo mais e
mais e sentindo que não mais
aguentaria.

Foi ali o fim, com
a minha boca entreaberta
e minha vida nele,
por completa.
____

Chico, eu o chamei.

Eu tinha 8
de meus 34 anos.
Não sabia seu nome.
Chico, eu o chamava.

Chico, meus pais o chamava.
Eu o amava e amei.

Chico morto, aos 10
de meus 34 anos.
E eu o amava.
Mas não sabia seu nome.

Chico, eu o chamava.
Romantico, meu frances,
Chico.
Não o chamo mais, desde então.
____

Não se preocupe com rejeição, parceira.

Estou cansada dela
e suas palavras certas,
nas horas certas.

Estou cansada dela
mais ainda por seu
cadillac vermelho e suas
unhas vermelhas e seu
rouge vermelho.

Estou cansada dela
fora de minha cama.
Do meu quarto.
Na sua casa.

Cansada a beira da morte,
por ela.
Sentada na minha varanda
esperando a razão voltar.
Ou a morte.
____

Me queima, imperador.

Festa de classes.
Damas, rapazes, bebados.
Isso sim é uma festa.
De classe.

O copo de whiskey
fincado em meu peito,
na festa.
Bebados, rapazes, damas
e seus sexos.
Todos fazem a festa.
A festa do pudor.
Dos bons costumes.
De classe e de sexo.

Me queima, imperador.
Nero morto, festa morta.
Imperador travestido
em showgirl.
Quente.
Acordo da noite.