segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Dizer adeus ao que restou ...


Chame do que quiser,
como quiser e
quem quiser.

Sinta apenas que
os dias não são os mesmos
das mesmas maneiras,
sem os mesmos homens na rua.

Os cafetões mudaram tambem.
As prostitutas idem.
As freiras são mais bonitas agora,
mais sexys.
Com um ar de inquietudo
tão natural a elas.

Os pontos de onibus, escadas rolantes
açougues, correios, filas de banco,
bares, boates, cemiterios.

Tudo agora é diferente.
Ou fui eu apenas que mudei?

As vagas de carros em ruas
movimentadas, em dias movimentados.
As placas de "proibido fumar".
Os trilhos, filhos, netos e irmãos.

Tudo agora é diferente.
Ou sou eu apenas?

Meu sexo é idem ao de outrora.
E sou tão gostosa como nunca fui.

Mudei.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A vida longe de quem voce é.

O tempo, o medo, o tédio.
Três fundamentalidades
da vida.

De um tudo um pouco
tive
e tenho.
Loucos amores, despudorados
e belas meninas.

Tive e tenho sucesso,
dinheiro, glamour, e
tive e tenho sexo.

Nunca tive amor.
Agora o tenho.
Não tenho tempo,
mas o tive e perdi.
Não tenho nexo,
nem senso.

Nunca servi para casar,
mas agora sirvo
e não quero.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Meias palavras e meias-calça.

Calma, meiga,
sensivel, ardilosa,
provocante, pacata,
viva.

Sentidos e simetrias
em mim, em meu corpo
e minha paixão.

Respirar por luxo
e debutar meu sexo
quando bem entender
e quando sempre
sentir.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Com todas as mascaras em mim.

Eu era uma criança. Sou uma. Criança viva, divertida e sexy. Uma criança aos 34, do segundo tempo. Não tenho, nem preciso de regras. Afinal elas são suas. Use-as!
Escrevo sobre meus modos, homens, mulheres, segredos, nomes e sexos. Sempre escrevo quando apática ou atípica ou ainda quando anormal. Escrevo sobre o mundo e a leveza dele. E escrevo sobre o que invento e o que não existe. A realidade é pacata e pode esperar. Na realidade, eu não sou real. Seu mundo real.

Sou libertina e liberta. E quanto à meus segredos, são todos seus. Não tenho sexo, nem anjos. Sou uma garota com seu disfarce, suas garrafas de vodka e cervejas e suas sacanagens particulares. A propósito, tenho meus próprios filmes pornográficos e uma câmera com a qual tiro fotografias de minha boceta aberta como flor e meus orgasmos.

Ontem a noite fui demais. Fogosa e sedenta. Sou sempre assim. Sou inescrupulosa e barbara na cama. Uma amante desejável. Tenho mascaras como todos no mundo. Sou assim e sempre sou inescrupulosa. Meus medos estão catalogados e breve lançarei meu best-seller com isso. Preciso de grana e de conhaque. Preciso tanto de conhaque, quando Bush precisa de babões. Meu best-seller se chamaria, "Todas as mascaras do mundo são minhas" ou então, "Livre com uma boceta aberta como flor". Sei sim. Sou desbocada e sou um tesão. E também sei que vocês masturbam-se quando me lêem. Quando me imaginam com a boca em vocês. Bocetas, caralhos, anus, seios, sexos, tudo. Eu faço o mesmo, com todos vocês. Com todas as mascaras, com todos os mundos.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Pisar no coração aberto.

Sem cartas na manga.

Sou eu, só.
Antiga e recente.
Sou eu a vida
em minhas entranhas
embebidas de cerveja.

Menina dos meus olhos,
sou eu.
Nos delirios e em
minhas cervejas.

Amo minha pequena
menina
e minhas cervejas
e amo voce, quando
não te tenho mais.

__
Professores e seus cacetes moles.

Era aula de biologia.
Aula pratica.
E falavam sobre sexo.

A aluna, Merry, na
primeira fila.
A sala escura,
com o projetor ligado.

Merry usava saia do uniforme
e abria as pernas.
Abria as pernas mostrando
sua minuscula calcinha.
Branca, de renda.
O professor já não
se concentrava.

Pau duro.

Merry com a caneta
na boca.
Chupando-a.
Sugando-a.

Duro.
O pau duro e viril.

O sinal toca e
é o fim da festa.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Deus, como sou obscena.

E na cozinha a torneira pingando.

Lembro do beijo como lembro
de minha mãe, à beira do
fogão.

Ele agarrou-me o pescoço e
a cintura e me tomou
como sua.
Olhou bem meus olhos
e com a boca, me assassinou.

Lembro bem do beijo.
Lembro de não resistir
e de insistir e de
seguis nos braços dele.

Suas mãos no meu corpo.
Minha bunda, meus peitos,
meu pescoço. E eu ia
deslizando e morrendo mais e
mais e sentindo que não mais
aguentaria.

Foi ali o fim, com
a minha boca entreaberta
e minha vida nele,
por completa.
____

Chico, eu o chamei.

Eu tinha 8
de meus 34 anos.
Não sabia seu nome.
Chico, eu o chamava.

Chico, meus pais o chamava.
Eu o amava e amei.

Chico morto, aos 10
de meus 34 anos.
E eu o amava.
Mas não sabia seu nome.

Chico, eu o chamava.
Romantico, meu frances,
Chico.
Não o chamo mais, desde então.
____

Não se preocupe com rejeição, parceira.

Estou cansada dela
e suas palavras certas,
nas horas certas.

Estou cansada dela
mais ainda por seu
cadillac vermelho e suas
unhas vermelhas e seu
rouge vermelho.

Estou cansada dela
fora de minha cama.
Do meu quarto.
Na sua casa.

Cansada a beira da morte,
por ela.
Sentada na minha varanda
esperando a razão voltar.
Ou a morte.
____

Me queima, imperador.

Festa de classes.
Damas, rapazes, bebados.
Isso sim é uma festa.
De classe.

O copo de whiskey
fincado em meu peito,
na festa.
Bebados, rapazes, damas
e seus sexos.
Todos fazem a festa.
A festa do pudor.
Dos bons costumes.
De classe e de sexo.

Me queima, imperador.
Nero morto, festa morta.
Imperador travestido
em showgirl.
Quente.
Acordo da noite.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

As melhores fodas a oeste de lugar algum.

Era uma boneca, com boceta de verdade.

A garota que dormia,
Acordava palida pela manhã,
Sem vodka na geladeira,
Sem geladeira
Sem vida.

Por isso não dormia com frequencia.
E buscava amores.
Amores casuais com quem
podesse trocar duas palavras
e duas fodas.
Uma boneca com uma boceta.
Era viva, a boceta, quando não dormia.

_____
Nunca encontrei um homem de quem não gostasse.

Estava em vegas outra vez.
As luzes me cegavam,
mas eles tem as melhores
coisas, mulheres, petiscos.
garotos.

Encontrei um velho amigo,
Chinaski, num dos bares.

Bebemos, rimos e ele
contou-me da sua ultima garota.
Ele disse: "Perguntei-a porque
ir embora. Se não gostava de mim."

E então ela:
"Nunca encontrei um homem
de quem não gostasse."
_____
Amei certa vez, uma garota no Mexico.

Fui ao mexico uma
ou duas vezes.
E lá amei.
Amei duas vezes.

Ela tinha qualquer coisa de
inexplicavel.
O sorriso, talvez.

Confesso que sou uma mulher
que amou outra
no Mexico.

Que mal a nisso?
Duas bocetas juntas
são melhores
que uma.